quinta-feira, junho 22, 2006

PORTUGUESES, HOJE, SOMOS TODOS MILITANTES DO PNR

Ainda que o não sejamos, de facto, sê-lo-iamos, imediatamente, ainda que de forma simbólica, se amantes da liberdade.

Não li nem lerei os atropelos que umas revistas lustrosas para aí escreveram. Não li nem lerei porque a cantiga se repete e eu não gosto de cantigas.
A direcção do PNR já reagiu adequadamente. Não há nada a acrescentar quanto aos dislates timbrados em papel couché ou em video teleguiados.

Poderia, é certo, repetir comentários certeiros publicados em blogues atentos: Que o PSD não é o Valentim Loureiro; que o CDS não é o sujeitinho de Marco de Canavezes; que o PS não é (só) o Paulo Pedroso. Para lembrar que o PNR não é um desfile de moda onde passam "cow-boys nazis". Mas, cuidado!!! Há uma importante diferença: O "cow-boy nazi" de quem se fala não está acusado de crime nenhum, não é acusado de comprar árbitros de futebol, não é acusado de negócios escuros numa autarquia, não foi acusado de abusar sexualmente crianças. Nem o "cow-boy nazi" anda a assaltar passageiros na linha de Sintra, respeita a polícia.

O "cow-boy nazi" não faz figuras tristes. Homem, não anda com roupa de mulher, não se comporta indignamente nem incita ao deboche como o fazem entertainers bem pagos, muito prezados pela sociedade política.

O "cow-boy nazi", que me perdoe ele a insistência, é, tão só, um cómodo estereotipo para diabolizar a direita nacional e patriótica: Que esta direita actua por motivação racista, que é má, que sonha com novos holocaustos, eis o conto do vigário, eis a famosa cantiga desses jornalistas lacaios.

Não senhor, não é por racismo fútil que nos opomos à imigração. O assunto é mais importante, muito mais importante que questões académicas de sociobiologia. Resume-se num aforismo incandescente:

A Pátria é propriedade da Nação! Portugal é dos portugueses!

Simples, não é? É desta simplicidade que os donos dos jornalistas lacaios têm medo. Medo que o povo abra os olhos e perceba que está a ser desapossado do bem mais precioso - o usufruto e senhorio colectivo do território pátrio.

Daí que os donos mandem os jornalistas lacaios insistir no racismo, desviar a atenção do essencial para o irrelevante. Viram então os holofotes para o estereotipo vestido de preto e calçado de botas. Mas correm um risco, um risco imenso. "Quem tudo quer tudo perde", não há meio de aprenderem a lição. O estereotipo pode, afinal, inspirar a juventude.

E se esta começa a perguntar-se: "Alto lá, não é normal preservar a nossa casa de intrusos? Não é estranho que tantos intrusos cometam crimes, que o criminoso fique impune, que em lugar de ser castigado e expulso seja apontado como vítima social? Não é estranho que tendo eu herdado a nacionalidade, por que me honro, de infindas gerações que, em sacrifício, me precederam, venha um qualquer, sem a merecer ou herdar, obtê-la por mero acto administrativo? E se isto é uma conspiração cujo objectivo final está no extermínio dos povos europeus? Afinal, não aprendemos na escola que o povo judeu sofreu o holocausto, que, sendo catorze milhões, quase metade foi chacinada em campos de concentração? Tamanha monstruosidade pode vir a acontecer connosco, portugueses, franceses, holandeses, europeus em geral! É tudo uma questão de proporção! Porque não? Não nos ensinaram que não há povos bons e povos maus, que há só uma humanidade? Então o que uns fizeram podem outros fazer, o que uns sofreram podem outros sofrer! E se o tal cow-boy, como o pintam as revistas e a televisão, for, afinal, o exemplo a seguir? E se é preciso pegar em armas quanto mais cedo melhor?

Bem poderá incitar-se essa juventude à calma, tentar persuadi-la que a violência não é solução. Bem poderão mobilizar-se os políticos, convidar até os, afinal moderados, da "extrema-direita" que hoje querem meter no mesmo saco dos cow-boys vestidos de preto. Mas lá virá um jovem a retorquir: "Ora, ora, é pela força que as coisas se têm feito e sempre se farão; não me contou o meu avô que quando os africanos quiseram ser independentes, livrar-se dos colonizadores europeus, foi pelo terrorismo que começaram?" E virá outro, mais informado, acrescentar: "É verdade, contra os ingleses foram os mau-maus. E em Angola, lá pelo ano de 1961, chacinaram mais de mil portugueses numa só noite de horror."

Cuidado pois com os estereotipos, senhores jornalistas espertalhões. De tanto gritar ao lobo, o lobo aparece.

Como prova de solidariedade para com o PNR e dever de empenhada militância, aqui lhe deixo dois argumentos mais para que se contrarie a imigração. Um argumento ecologista e um argumento liberal:

-- Justificam a imigração com a baixa natalidade. Ora, se os portugueses querem ter menos filhos, alguma razão lhes assiste. Se é o humano que polui, quanto menos humanos menos poluição. Um Portugal menos povoado é um Portugal menos poluído. Em 1800 éramos três milhões e éramos nação válida. Quanto menos houver à mesa, mais sobra para cada um. Quanto às reformas? O dinheiro já foi descontado, já "lá" está. Se não está é porque foi roubado. Perguntem aos ladrões. Ora, se os portugueses querem ser menos e vêm agora os de fora ocupar os lugares deixados livres, à mesa, chama-se a isso afronta. Afronta que redunda em ameaça e prejuizo.

-- Se não estivesse instituído o subsídio de desemprego, não ficariam de conserva meio milhão de portugueses. São esses portugueses desempregados que devem "imigrar" para o mundo do trabalho. Se não estivesse instituída, nessa Europa insensata, uma multidão de outros subsídios, não viriam tantos de fora, não pelo emprego mas pela regalia: "Anda para cá, Ahmed, os franceses são tão burros e impotentes, que basta teres filhos para ganhares a vida".

De povos desmoralizados pelo comunismo larvar e pelo parasitismo que este, cinicamente, fomenta não pode esperar-se dignidade, amor-próprio, elementar instinto de sobrevivência. É com isto que mais contam os donos daqueles jornalistas. Por isso, rezo todos os dias: "Deus, comunismo não! Fazei que os meus amigos do PNR, do estatismo, não caiam na tentação!"

7 Comments:

Blogger Nacionalista said...

Excelente post, essa sua veia libertária é que me fica um pouco "atravessada".

Saudações

6/26/2006 03:07:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O cowboy nazi apelou aos camaradas no seu blogue que roubassem o Estado, glorifica a violência contra imigrantes (independentemente de serem criminosos), para além de na reportagem falar em justiça popular armada.

É vergonhoso que o PNR defenda este cowboy nazi. É vergonhoso que "nacionalistas" o defendam.

6/26/2006 05:39:00 da tarde  
Blogger reconquista said...

Caro anónimo, que me conste, o PNR não defendeu o "cow-boy" de quem se fala. Defendeu a liberdade e defendeu-se a si próprio porque foi atacado sob um pretexto falso e fútil mas nada casual. Acha que seria digno o PNR enveredar pelo discurso cobarde do tipo "repudiamos as atitudes do fulano de tal..."? Porque o fulano de tal não se intrometeu com o PNR.

Quanto à personagem que, por ironia, identifiquei como "cow-boy nazi" para aludir, evidentemente, ao estereotipo, à imagem de superfície, e não à pessoa, a qual não tenho o gosto de conhecer, pois se apela à "justiça popular armada" não faz mais que repetir o apelo martelado vezes sem conta pela esquerda. Olhe, o Otelo Saraiva de Carvalho, "militar de Abril", não só apelou como pôs em prática. E, ao pôr em prática, até dispensou o povo; bastou-lhe a organização terrorista que chefiou para cometer assassínios e atentados. Agora anda por aí, bem disposto, certamente gozando a competente pensão de reforma "a que tem direito" enquanto as suas vítimas há muito estão enterradas para desgosto incurável das respectivas famílias. Nem sei se já recebeu medalha de algum presidente, é questão de tempo.
Então como é? Agitação, voluntarismo, fica bem à esquerda mas é de censurar à direita?
Digo-lhe mais, caro anónimo. Caso o clima geral de insegurança permaneça, caso os governantes europeus continuem a abrir caminho à invasão imigracionista, poderá ser que o cow-boy passe a herói. Digo-lhe ainda mais, caro anónimo: quando for a Sua vez de ser assaltado, violentado, incomodado, ofendido, dúvido que o seu superior espírito de tolerância continue em alta; poderá ser que desabafe para si: "Afinal, o cabrão daquele skin é que tinha razão!"

6/26/2006 10:12:00 da tarde  
Blogger reconquista said...

ressalvo "dúvido", é duvido.

6/26/2006 10:15:00 da tarde  
Blogger Mendo Ramires said...

Belíssimo postal. O Reconquista está em grandiosa forma!
Saudações blogosféricas.

7/01/2006 02:08:00 da manhã  
Blogger Ze do Telhado said...

Um texto muito lúcido! Continue o bom trabalho porque este blog para mim já é referência!

Cumprimentos

7/01/2006 07:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"PSD não é o Valentim Loureiro; que o CDS não é o sujeitinho de Marco de Canavezes; que o PS não é (só) o Paulo Pedroso"

Acrescento:
e que o PC não é o Rui Sá das negociatas do SMAS do Porto; e que o Bloco não é a Diana Andringa do arrastão.

7/09/2006 08:03:00 da tarde  

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