terça-feira, junho 20, 2006


CADA VEZ MAIS LIBERTÁRIO, NACIONALISTA E MONARQUISTA


Não pode ser-se nacional sem ser libertário nem ser libertário sem ser monarquista


Com tal título não quero proclamar maior firmeza na convicção embora tal firmeza se obtenha de uma melhor certeza da opinião, não, ao menos no ser racional, da teimosia pertinaz ou de uma qualquer revelação exaltante. Sinto, penso, concluo, confronto, confirmo, volto a sentir e, só então, acredito e creio. Não gosto de pensar, nem consigo, ao som de tambores nem para crer e querer me faz falta o ondejar de bandeiras. "Viva o fascismo!" concluía alguém o seu discurso do 10 de Junho passado . Permita-me sorrir, caro amigo. "Viva Portugal!" Viva sim, para que vivamos todos, portugueses. Mas como viveremos? Perguntar isto é preciso, porque da forma de viver depende o vivermos ou morrermos.
Com o tal título deste post quero reiterar que não pode ser-se nacional sem ser libertário nem ser libertário sem ser monarquista, que uma nação verdadeira é feita de homens livres, de senhores, e que, senhores de nós e do que é nosso, não admitimos outro senhor que não um senhor maior, o Rei.
Escrevi há tempos um programa político. Está em http://reconquista.do.sapo.pt. Deliniei o Estado, fortaleci-o, emagreci-o, determinei-o, corri com os comunistas, da Educação, da Saúde e da Segurança Social; em suma, dignifiquei o Estado a fim de honrar a Nação e preservar a Pátria. Podem rir-se, meus amigos, mas gosto do que é expedito, prático e fundo. Não me sobra tempo para devaneios, subtilezas literárias, reminiscências poéticas. Nem creio que a palavra dos deuses seja bastante. Tomo eu a palavra, menos para anunciar boas novas que para explicar, prosaicamente, ideias e factos que, à força de práticos, parecem vulgares. Não estou de férias nem me fazem falta terapias ou catarses ideológicas; pertenço à classe média mas não sou tolo.
Ora, não estou satisfeito com o tal meu programa político, nem com a forma nem com o fundo. Demasiado extenso, ninguém o lê; demasiado manso, presta-se à transigência. O essencial veste-se aí de uma roupagem que, mesmo sem solenidade ridícula ou artifício malicioso, ainda lhe tolhe o movimento e lhe esconde as formas. Que essencial é esse, libertário, nacionalista, monarquista?


Todas as utopias são mentirosas

O meu essencial é a própria Vida resolvendo-se em si. Ao contrário, as utopias odeiam a Vida, criam esquemas de morte onde a deformam, reduzem, estrangulam. Como nem os utopistas podem crer na sua utopia - nem concebê-la na sua inteira e monstruosa verdade - continuam a usar, abusando-o, o vocabulário da vida: Liberdade, Progresso, Justiça, Segurança, Humanidade. Todas as utopias são mentirosas, por necessidade e por vocação. Simplistas, todas se parecem e, parecendo-se, cabem num nome comum: comunismo!
Daí que o meu essencial tenha um nome primeiro: Anti-comunismo! - Onde se lê comunismo pode ler-se socialismo; entre os dois a diferença não é de grau mas de táctica.
A liberdade comunista é licença, licença louca com prazo de validade curto e ressaca sangrenta. "Enforcar o último rei nas tripas do último padre": Eis o desígnio edificante dos revolucionários de ontem, hoje no poder. Fascinar o povo pelo medo, colocando-o, paralisado, à mercê do monstro genocida. Já não há reis nem padres e o povo está à mercê.
O progresso comunista é propaganda e ilusão, gigantesca e multiforme fachada a encobrir miséria, fome e a bancarrota do Estado. Que progresso podem promover inúteis palavrosos, gente que "não sabe pregar um prego", cuja estulta pretensão só tem paralelo no descalabro dos seus "programas de desenvolvimento" e "choques tecnológicos" soviéticos? A cavalo no progresso real da Indústria, ainda insultam os fautores da produção (chamam-lhes ricos e capitalistas) com uma sobranceria a que não se atreviam senhores feudais. Esses “nabos” contam com a inveja da ralé mais estúpida, sempre pronta a morder a mão que lhe oferece o alimento.
A justiça comunista é delacção, perseguição, humilhação, confusão e sofisma legislativo, capricho processual, culminando em indiferença cívica, caos e guerra civil. Tendo-se apropriado do sistema da burocracia jurídica, os comunistas protegem o crime, justificam-no moralmente, legalizam-no judicialmente, tão indiferentes à vítima como ao criminoso. É a rodagem do poder totalitário, o reino do arbítrio e da soberba hipócrita. Ai dos simples!
A segurança comunista é previlégio e favor aos manhosos e incapazes, é o emprego do Estado, a voz do dono. Ai de vós cães de trela bem nutridos, advogados, professores, médicos, burocratas, funcionários e funcionarizados, sereis os primeiros a cair. Lembrai-vos das purgas de Estaline e Mao!
A Humanidade do comunista é Poder, poder total, poder global. "Tirar aos ricos para dar aos pobres" agulhar a riqueza do mundo. Que longo é já o braço da tirania comunista universal!
A minha liberdade não é ambígua, é autodeterminação; o meu progresso não é ilusório, é engenho, esforço e arte; a minha justiça não é hipocrisia, é Honra – de honrar obrigações naturais e contratos -; a minha segurança não é precária, está na propriedade das coisas e na lealdade dos homens; a minha humanidade não é táctica, é sentimento.
O meu programa é simples e directo: Vida Digna, independente. Mas o programa comunista é escravatura e morte. Onde está a utopia não está a Vida. Onde está a Vida está o Sonho, sonho de mais vida.



O comunismo contaminou a Vida

Infelizmente, a utopia - o comunismo - contaminou a Vida. Vejo, com pesar, que o anti-comunismo passou de moda, incomoda. Sei porquê. 1984 já foi. Agora, os meus contemporâneos de 2006 enterram a cabeça na areia. Os meus colegas professores, os médicos, juristas, empregados, funcionários ou funcionarizados, têm vergonha e têm medo. As empresas dependem do Estado em quase tudo, e as pessoas. Sem dignidade, enquanto der para viver, enterram todos a cabeça na areia. Se querem mostrar que são gente, gente da boa, uma tirada politicamente correcta, daquelas que agora se aprendem na escola primária e no liceu - solidariedade, coitadinhos, integração, bla-bla – tranquiliza o ego. Afinal, o mau não é aquele gajo vestido à cow-boy nazi que a nossa polícia identificou e prendeu? “A esquerda é fixe, Soares é fixe, eu sou fixe...” quer pensar o pateta, para seu bem e alegria.
Pois é, graças à fraqueza humana - ao medo, à inveja e ao oportunismo - o comunismo contamina... A propósito, deixo ao leitor uma anedota e, aos meus amigos nacionalistas, um recado.
Há tempos, em conversa com um colega de trabalho, alemão, recém-conhecido, conferiamos as tácticas habituais que o sistema tem usado para manipular a opinião pública. Em fim de conversa e jeito de despedida, pergunta-me, prudente: “ O senhor é socialista?” Percebi a intenção e respondi-lhe: “Não, senhor, sou nacionalista”. Como poderia eu ser socialista, sendo nacionalista? Não me sobrou oportunidade para lhe confessar que era, também, libertário e monarquista.
Em cinco minutos mais e alguns meses depois, dir-lhe-ia que ao Estado do meu programa bastarão dois ministérios: Defesa e Obras Públicas. Que não haverá nele lugar algum para a multidão de letrados que, sob elevados pretextos de ciência e cultura, mas livrescas, e de justiça penal e social, mas sofismada, constituem o alfobre onde acama e se alimenta a funesta doença político-social do socialismo/ comunismo.
Escandalizem-se pois, os cosmopolitas liberais por me verem nacionalista, maldigam-me os nacionalistas sociais por me verem liberal, desprezem-me os elevadíssimos monárquicos por, lá de cima, não me chegarem a ver. Afinal, Portugal é um país de santos e doutores; ora, os santos não se sujam e os doutores têm sempre razão.

(A imagem do burocrata totalitário foi retirada do site venezuelano anti-Chavez, www.elgusanodeluz.com
A foto de baixo foi retirada do site do bloco de esquerda - a juventude gosta do BE, o futuro da utopia está garantido.

6 Comments:

Blogger Ze do Telhado said...

Brilhante post. Sublime a interpretação do Comunismo. A verdadeira fac dessa mesquinha ideologia é, de facto, uma doença.

Um abraço e continuação de bom trabalho

6/21/2006 05:52:00 da tarde  
Blogger Ze do Telhado said...

* verdadeira face

6/21/2006 05:53:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É bom verificar que existem pessoas cultas e esclarecidas com coragem para gritar bem alto "NÃO AO COMUNISMO". Você é cá dos meus. Gostei muito do post.

6/22/2006 04:28:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Grande Post, sim sr! Vim por referência do Imperio Lusitano porque desconhecia o blog, mas fiquei impressionado pela positiva. Está de Parabéns!

Cumprimentos

6/22/2006 10:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

". Apenas não me consigo rever numa direita racista que se baseia em ideologias nazis."

Caro amigo, uma direita que nega a identidade biológica pouco difere do comunismo, pois é internacionalista e no fundo tem os mesmos objectivos finais do comunismo, mas por caminhos diferente! Isto não quer dizer que sejamos nazis!

"Até porque tive sempre em mente que os alemães ou mesmo os franceses sempre olharam para nós como os pretos da Europa."

E de quem é a culpa deles ou nossa?

6/22/2006 11:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

cool

7/09/2006 07:29:00 da tarde  

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