terça-feira, janeiro 24, 2006

PROFUNDIDADE E ACTUALIDADE - PRIORIDADES DA ANÁLISE

O BATALHA FINAL dá, de novo, o exemplo de como profundidade analítica e actualidade não são incompatíveis. Necessárias são, a capacidade e a entrega, faculdades de que nem sempre dispomos com a aparente facilidade deste nosso confrade. Leiam-se os TRÊS TIROS NO ESCURO sobre o significado político de Cavaco.

E aproveite-se para aí partilhar UMA BREVE INTRODUÇÃO A CARL SCHMITT, o proeminente jurista alemão.

Membro do NSDP até 1945, nem por isso Schmitt deixou de continuar a usufruir de notoriedade intelectual até ao fim da vida, em 1987. Schmitt teorizou sobre o conceito de Soberania nos tempos modernos tendo em vista a unidade do Estado e a necessidade de defesa expedita da Nação contra o Inimigo. Esta, impõe o exercício independente e, por isso, necessáriamente discricionário, do Chefe. A "esquerda intelectual" também se inspira em Schmitt.

Mas, nada de confusões: É que o Inimigo da esquerda é a própria Nação, na sua substância étnica, na sua identidade cultural, na sua vitalidade económica. Nação que o soberano esquerdista (esquerdismo = comunismo) decapita de um só golpe ao anular o Direito à Propriedade, das coisas, das pessoas, das ideias. Ao contrário, o Inimigo da direita nacionalista (direita = independência / responsabilidade, pessoal e colectiva) é o elemento anómalo, estranho, estrangeiro, oculto, manhoso ou violento conforme a táctica do momento.

Enquanto o soberano esquerdista é o Carrasco da Nação, o soberano direitista é o Protector da Nação.

Daí que, a nosso ver, a teoria política deva distinguir constante e claramente as duas entidades, Nação e Estado. Penso na gente, na Nação, apenas, e sou libertário. Penso no Estado, apenas, e sou nacionalista. Penso em ambos, sou nacionalista e libertário, ou melhor, passando à prática, sou monarquista.
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