sexta-feira, dezembro 30, 2005

A HISTÓRIA, LIBERTA

Algures, em 1936...

Quantos arroubos pelo futuro! Eu prefiro viver um presente paralelo em que a normalidade seja a regra. Em que os aleijões, as distorsões, que o PODER COMUNISTA, que por todo lado se ergue sobre si próprio, impõem à existência colectiva normal, se evaporem com aquele. Fique apenas o eterno drama, e a comédia, da natureza humana, como argumentos, o Sol e o Espírito, como refúgios.

Não me faz falta outra revolução senão a que traz de volta o livre-mercado das coisas e das ideias a determinar o Valor de tudo. Essa é a democracia, essa é a Justiça.

Mas o Poder comunista, com pés de lã e rabo de fora, não desiste. Aproveita-se da folga imensa que a enorme capacidade produtiva da indústria moderna propicia, para organizar o parasitismo e, através da demência que o acompanha, destruir a honra e a dignidade, acabar com o Homem!

De modo que o meu anseio pelo mercado-livre não é trivial. Não me basta fumar um charuto e observar, optimista, volutas de fumo docemente liberais. Luto pela sobrevivência! Alerto os compatriotas, alerto o rebanho, alerto os animais da minha espécie, distraídos, para o terrível predador que ainda não surgiu, inteiro, de trás da encosta.

E quem me ajuda, quem está comigo nessa tarefa excepcional? Os Liberais, diligentes e honestos, sim, mas que olham só em frente? Não, os meus aliados são os que conservam ainda o velho instinto de levantar os olhos, de observar o céu e de olhar ao longe, os Nacionalistas!

Da NORMALIDADE, já perdeu, o povo, a memória. Vai faltando o senso comum, o instinto, a probidade, a coragem da independência, a paciência de pensar mais do que o tempo de um spot de propaganda; o processo de infantilização, idiotização, de desumanização, não se tem detido.

Sendo assim, quem consegue pensar em alternativas ao presente? Quem descobre a evidência de que todos os "problemas" políticos e sociais são problemas falsos porque são criados por este sistema da burocracia comunista que tudo vai inquinando. Quanto mais avança o sistema comunista, quanto mais sectores da vida consegue engolir, mais problemas aparecem, mais os idiotas discutem e se distraem. Que diabo! Quando um carro só dá problemas, o melhor é mudar de carro. Um carro, um sistema político, não são sagrados, a república não é sagrada, a monarquia não é sagrada, os patifes que aparecem na televisão não são sagrados!

Sim ou não os cruxifixos, as toalhas enroladas na cabeça de mouros que andam nas escolas, quantos por cento de aumento, quantos centros de saúde aqui e acolá, etc. etc. Só problemas... A ninguém ocorre que isto nada tem a ver com o Estado, que isto tem a ver com o querer de cada um, que isto a Nação resolvia naturalmente? Porque a Nação só não resolve naturalmente a agressão exterior, a estupidez interior, as dificuldades próprias do sistema industrial - mas destes problemas ninguém fala.

A História oferece, à análise e à contemplação, outros Presentes. Por isso, liberta.

E oferece os futuros desses presentes, por isso, ensina.
Um bom ano a todos os libertários, a todos os monarquicos e a todos os nacionalistas. Se não temos frente comum, temos, ao menos, um comum inimigo.

sábado, dezembro 24, 2005

O ETERNO, TEIMOSO E MILENAR RECOMEÇO



Junto-me ao Batalha Final para celebrar o Solstício de Inverno. O Natal é três ou quatro dias depois, quando a certeza de que os dias crescem de novo, se confirma.

Jesus, que nasceu de uma Virgem, podia ter nascido já pronto para a vida pública, com trinta anos perfeitos num instante faíscante, que dois prodígios são tão possíveis quanto um, ao Todo Poderoso. Mas não, nasceu criança, frágil e pequeno, como o Sol e os dias deste tempo escuro.

Que festa mais apropriada, mais sentida, que o Solstício-Natal, renascimento da esperança para os perdidos, afirmação da força do que é frágil, do Espírito? O Papa Ratzinger aludiu à analogia da semente para concitar o ânimo dos católicos, poucos mas activos. Fez bem. Por uma semente esmagada, por uma árvore perdida, mil florestas crescerão, plenas e orgulhosas, em mil anos.

A Europa está em perigo desde há... Desde sempre. A morte esteve-lhe anunciada mil vezes: em 700 na Ibéria, em 1500 no Mediterrâneo e na Austria, em 1789, na Gália, em 1945, na Germânia, em 1908, em 1974, na Lusitânia... A Europa... Tem as suas sementes bem enterradas no seu solo, nas suas oficinas, laboratórios e bibliotecas. A Europa está sempre em perigo, mil vezes o Sol nasce e se entristece nesta Europa de mil mártires. Mil vezes a Europa anoiteceu em África. Mil vezes os roedores assaltaram o bem nutrido celeiro. Mil vezes foram violadas mulheres, mil vezes os homens foram enganados. Que há de novo? Há um novo ano.

Uma vida sempre renovada desejamos nós a todos os camaradas nacionalistas, libertários e monarquistas.

Se a vaidade, ou o medo, em alguns, os impedir de me estender a mão, tanto pior, tanto melhor. Basta um cavalo e uma espada para que se abra caminho!

COM ESTA NÃO CONTAVAM ELES - NOTAS DA CAMPANHA

Ninguém me tira da cabeça que as duas candidaturas, Soares vs. Alegre, não são duas mas uma dupla candidatura. A melhor na primeira volta ía à segunda com os votos das duas (desculpem, das quatro). Tão seguro como colocar duas cruzes numa pergunta de escolha múltipla cuja resposta se desconhece.

Lá se vai mais uma esperteza pelo cano abaixo. Lá se vai a segunda volta. Não contavam os espertalhões que o povo ganhasse alergia a certos toleirões e esteja mesmo decidido a dar o voto ao único que parece ter a cabeça no lugar.
Não é que andam todos os esquerdetas a dizer bem do Soares e o homem arrasta a perna e não chega a tempo à segunda volta? Só se for nas próximas eleições.

Faz rir quererem impingir o Alegre como patriota firme, monárquico, quase militarista, um republicano sem mácula à altura do empertigado professor. Enfim. Poderá ser que venhamos a vê-lo em anúncios de TV, a vender cruzeiros ou serviços de cristal para gente fina. Afinal, o homem tem pinta, e patois, também.

Confesso que Cavaco Silva é o único candidato de esquerda que me merece alguma consideração política.

Repararam quando o Soares ía argumentar com o ter criado umas "fundações" mas evitou mesmo a tempo a palavra trocando-a por "instituições". O homem sente-se queimado e teve medo que o Cavaco lhe pedisse contas das contas das fundações. Medo infundado, Cavaco Silva é pessoa educada.

E tão educados são todos os candidatos que nenhum quer falar de OTA ou do TGV. E quando o fazem é a 500 à hora.
Então o Cavaco, meteu dó: Que já era tarde para deter o processo da OTA! Porquê, já estão assinados os contratos com os construtores? Que pena. Típico de um sensato homem de bem, não é?

E os outros candidatos? E a pressa dos debates? Afinal os candidatos ainda não eram candidatos. Caso para perguntar: Será que os debates foram pagos aos figurantes? Uma gigantesca mistificação? Uma espectáculo?

Porque não? Para que serve, afinal, um Presidente da República? Quando o Sampaio actuou de verdade, fez asneira.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

OS INIMIGOS POR DENTRO


Nem sempre temos a seguinte ideia presente: Estamos em guerra! Há a guerra-guerra, houve a guerra fria e, desde que a comunicação existe, tem havido a guerra-surda -- para quê inventar novos termos se os que existem se entendem e adequam melhor?

A guerra-surda, por contraste, faz-se muito por palavras e, até, por música. Mas são palavras para distraídos que julgam entender porque ouviram, quando são as entrelinhas, inaudíveis, invisíveis, que desvendam o sentido. É a guerra manhosa, cobarde, constante, insidiosa.

A guerra-surda, é uma guerra entre outras pois não só tem Finalidade como se lhe aplica a Estratégia. Guerra que apenas derrama sangue em minutas batalhas - porque o hardware é especialmente trabalhoso e fica caro - mas muito mais perigosa que a guerra antiga. O seu fim não é "continuar a diplomacia por outros meios" mas, radicalmente, eliminar raças, escravizar povos e nações, simplesmente.
Pode ter-se uma ideia da geografia desta guerra-surda e total imaginando uma gigantesca "melée" de torneio medieval, envolvendo não só garbosos ou enlameados cavaleiros, mas peões, criados e, aqui e ali, enormes catapultas na figura de metódicas formações de caças-bombardeiros. A guerra total ocorre em todos os campos, a todos os níveis, do silo nuclear à mente de cada um de nós. Dou-me muitas vezes conta da minúcia desta guerra quando desisto de certa ideia ou intenção, especial, ou a adio, a favor de qualquer imediata, tosca e fechada vulgaridade, do reflexo condicionado, do inimigo!
Ao contrário de uma guerra "convencional", nesta guerra-surda só o inimigo parece ter estratégia, uma ideia clara dos meios logísticos, das forças em presença, planos, mapas, estado-maior. Nós, inimigos do inimigo, caracoleamos por entre uma multidão de bravos, distraídos porque laboriosos, que hão-de sofrer golpe rude, geralmente pelas costas, antes de encarar o adversário e ripostar a valer.
O inimigo, qual bando de chacais, avança dissimulado, escolhe, uma a uma, a presa, abate-a e prossegue. Chega a rir. Escondido entre os arbustos, emite ordens falsas, gritos traiçoeiros de socorro, muda de roupa e vem ao campo incitar os destacamentos honestos para os dirigir uns contra os outros. É certo que o inimigo, mestre da Ilusão, senhor de lado nenhum, está em desvantagem essencial perante os servos da Verdade, assentes em terra sua, criadores do Verdadeiro e do Belo. Por isso, vive do movimento, do frenesi.
Quem o inimigo teme mais é quem ameaça pôr ordem na batalha. Quem separa as hostes. Quem junta os puros. Quem escorraça os hipócritas. Quem, pelo rigor, parco mas penetrante, ilumina o pensamento.
A que vem o arrazoado? Depois do casamento gay, mentiroso, que o casamento antes da Lei o consagrar é a Natureza que o afirma, as gerações antigas que o comandam e as novas que o exigem, surgem as "trabalhadoras dos sexo" -- ver a lavagem ao cérebro na SIC de Sábado passado. A mentira abre caminho orquestrada por uma vintona misógina, virgem talvez, prostituta faz de conta, agitadora bem treinada. Digamos bem alto: O sexo pago não é profissão. É rebaixamento, aviltamento patético, é fazer de um jardim secreto um mercado ruidoso, de um regato cristalino um esgoto a céu aberto. Prostituição, não!
E o que querem as putas de faz de conta, ou melhor, que pretendem os seus proxenetas, oficiais do inimigo? A degradação, sempre mais, sempre pior, que degradar é mais e melhor do que matar. Amanhã, mulher honesta desempregada que recuse emprego no dito "ramo" perderá o direito ao subsídio. Já aconteceu na pobre Alemanha de hoje, alvo primeiro dos roedores. Agora, que há mulheres da vida, há! E cavalheiros com gostos peculiares! Assunto privado, pequeno, talvez caso perdido... mas para tal existe a caridade e a possível solicitude pelo ser humano que se afunda.
O inimigo, esse, que assalto após assalto não consegue prostituir as nossas mulheres e castrar os nossos mancebos, vai pela porta escancarada da Política assaltar e poluir o Registo Civil e o Código Comercial.
E a nossa classe média, o saco de plástico carregadinho de Expresso -- almanaque de enjoativas receitas de ideológica culinária e de bem estar au Sheraton -- como se porta? Aplaude a ousadia das putas falsas, o charme piroso dos paneleiros, comove-se com o caso pessoal, eleva-se à Academia das tretas, como os falsos beatos, à força de incenso, docemente se transportavam ao seu pobre paraíso, de pacotilha.
E a Juventude? Aleluia! Arrastada à força por escolas-prisão, sem rumo e sem alegria -- um tédio de morte -- seduzida por escabrosas cretinices em forma de coisa notável, a juventude não cede. Lá vai, ainda que a mancar, arranja trabalho, adquire a custas próprias e à pressa a formação que a Escola não lhe deu, casa, tem filhos, pelo caminho apaixona-se, namora, pratica desporto, curte o Sol e o mar, raparigas desinibidas, rapazes meio sem jeito, é a juventude eterna, a nossa!

domingo, dezembro 18, 2005

O LEITOR FOI REDIRECCIONADO

Chegou aqui porque, sem dar-se conta, foi redireccionado do anterior endereço. Agradecia a gentileza de, sendo o caso, alterar nos seus favoritos ou links.

MAIS TEIMOSO QUE UM BURRO



Tive a veleidade de criar um blog a partir de um site do Sapo... questão de patriotismo saloio... Nem era prático nem permitia comentários expeditos do leitor generoso. O colega da Batalha Final lamentou o facto e eu, finalmente, acusei o toque. Assim, aqui estou, em estado de integrar esta comunidade nacionalista de que dependemos nas ideias e na moral, a quem devemos a certeza de estar do lado de fora do manicómio. Confesso que estou rendido às faculdades técnicas deste Blogger.com. Obrigado ao Batalha Final pelo sinal.

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